Alunos de Arquitetura e Urbanismo do UNIFEB desenvolvem projetos que utilizam materiais não usuais na construção

Metal, madeira, bambu, isopor e vidro foram alguns dos materiais base para concepção dos projetos apresentados em 3D

O arquiteto e urbanista tem a missão de tornar o ambiente mais adequado à vida prezando pelo bem-estar do ser humano e sua inserção na sociedade. E neste semestre, os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIFEB (Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos) tiveram o desafio de desenvolverem projetos integradores com a temática de fundamentos e tecnologias dos materiais de construção. O foco principal foi a utilização de materiais não usuais na construção que possibilitou a criação de projetos inovadores.

De acordo com a professora dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil do UNIFEB, Priscila Mirapalhete Rodegheri, que é engenheira civil, especialista em gestão de projetos e mestranda em gestão da construção, os alunos trabalharam os diferentes tipos de materiais e suas classificações. “Tivemos sete grupos, que abordaram materiais metálicos; materiais naturais – madeira; materiais naturais – bambu; materiais poliméricos; materiais cerâmicos – revestimentos; materiais cerâmicos – vidros; e materiais compósitos. Os estudantes foram incentivados a buscarem informações sobre técnicas e sistemas construtivos que utilizassem esses materiais, que não são comumente adotados na AEC [Arquitetura, Engenharia e Construção]”, destacou.

Entre os projetos arquitetônicos desenvolvidos estão os de duas lanchonetes com materiais metálicos - uma em containers e outra em steel frame. “Os dois projetos foram pensados para proporcionar conforto e segurança aos usuários e trabalhadores do local. Eles foram desenvolvidos por meio de maquetes eletrônicas, criadas no software Sketchup e renderizadas com o auxílio do software Lumion”, explicou a professora Priscila. Containers e steel frame são sistemas construtivos que têm se tornado mais usuais no Brasil, mas que ainda encontram barreiras para sua adoção em função da falta de conhecimento dos profissionais da AEC para a correta aplicação dos mesmos.

Outro projeto interessante desenvolvido pelos alunos foi a adaptação de um projeto residencial de interesse social ao sistema construtivo em wood frame. “O uso da madeira como elemento estrutural não é novo, mas ainda causa muitas dúvidas em clientes e profissionais. Além disso, alguns sistemas construtivos com madeira não são passíveis de financiamento, diferentemente do sistema em wood frame. No Brasil, essa técnica ainda é pouco conhecida, mas é um dos sistemas construtivos mais utilizados no mundo, tendo como exemplos de adoção a Alemanha, Canadá e Chile”, enfatizou Priscila.

Em relação aos materiais ditos naturais, os alunos criaram o projeto arquitetônico de um centro cultural em bambu. O empreendimento foi desenvolvido a partir da ideia de expansão do uso do bambu em diferentes dimensões, por isso, o centro cultural conta com um espaço para eventos, uma oficina para desenvolvimento de diferentes projetos em bambu e uma loja para venda dos artefatos desenvolvidos na oficina. “A utilização de bambu em construções temporárias e em elementos decorativos é mais difundida que o uso do bambu como elemento estrutural no Brasil, porém, na Ásia, o uso de bambu nessas condições é intenso. Inspirado nisso, o grupo preocupou-se com o sistema de fixação dos colmos do bambu, garantindo assim a segurança estrutural do projeto arquitetônico desenvolvido”, explicou a professora.

Segundo Priscila, o vidro é um material que tem ganhado espaço na concepção arquitetônica, porém, sua adequada aplicação demanda de estudo e conhecimento de diferentes áreas, como a própria estrutura e composição do vidro, os tipos, a utilização em diferentes situações e aspectos climáticos do local do empreendimento. “Dessa forma, os estudantes desenvolveram o projeto arquitetônico de uma residência unifamiliar onde aplicaram este material de diferentes formas, para aproveitamento da iluminação natural e conforto térmico”, destacou.

Os alunos também criaram uma loja de roupas utilizando concreto armado. “Para esse empreendimento, os estudantes adotaram a técnica de concreto pré-moldado, visando à redução do prazo de execução do empreendimento e oferecendo retorno mais rápido do valor investido”, explicou a professora.

Um dos grandes diferenciais do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNIFEB é a adoção de práticas ativas de educação, trazendo o estudante para o protagonismo do aprendizado, com professores de diferentes áreas e experiências, além de uma grade curricular moderna que aborda os fundamentos do curso contrapondo com as tendências de mercado. Isso possibilita a formação de profissionais com boa bagagem teórica e com capacidade em solucionar os problemas atuais da sociedade.



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