Núcleo de Prática Jurídica do UNIFEB garante acesso à Justiça e forma profissionais comprometidos com a cidadania
Com atendimentos
gratuitos e foco na população em situação de vulnerabilidade, o NPJ une teoria
e prática para transformar realidades e fortalecer a formação dos futuros
advogados
Com o propósito de unir o aprendizado acadêmico à responsabilidade social, o NPJ (Núcleo de Prática Jurídica) do UNIFEB (Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos) tem desempenhado um papel essencial no acesso à Justiça em Barretos e região. Coordenado pela Profa. Marisa Marques Flausino Silva, mestre em Direito e professora orientadora do curso, o núcleo é formado por uma equipe de quatro profissionais dedicados ao atendimento gratuito da população em situação de vulnerabilidade econômica.
Segundo a professora Marisa, o NPJ atende “demandas
jurídicas de caráter social, priorizando pessoas que não têm condições de arcar
com os custos de um advogado particular”. Os casos são selecionados e distribuídos
estrategicamente aos alunos, considerando o potencial didático de cada
situação.
Entre as principais áreas de atuação estão o Direito de
Família, com processos de alimentos, guarda, investigação de paternidade,
divórcios e reconhecimento e extinção de união estável, interdição e
inventários; o Direito Civil, envolvendo cobranças, indenizações, possessórias:
manutenção de posse, reintegração de posse e interdito proibitório, usucapião e
o Direito do Consumidor, com foco em problemas relacionados a produtos,
serviços e contratos. Os serviços oferecidos incluem ajuizamento de ações,
conciliação, consultoria jurídica e defesa processual.
O atendimento é voltado a pessoas hipossuficientes, com
renda familiar de até três salários mínimos e sem patrimônio em nome próprio. A
triagem dos casos é feita pela professora Marisa, pela escriturária Nívea e
pela advogada Dra. Kelly, por meio de análise documental que verifica renda,
bens e despesas familiares. Em situações específicas — como famílias com mais
de cinco membros, pessoas com deficiência, doenças graves ou idosos —, o limite
pode se estender até quatro salários mínimos. Caso o perfil não se enquadre nos
critérios, o interessado é orientado e encaminhado para outros órgãos
competentes.
Os alunos do 7º ao 10º termo do curso de Direito são
diretamente envolvidos nos atendimentos, sempre supervisionados pela professora
orientadora. “Além de definir estratégias para solução dos problemas
apresentados, os estudantes aprendem a sintetizar fatos, realizar pesquisas jurídicas,
elaborar relatórios e peças processuais, o que os prepara para o exercício
profissional”, explica Marisa.
O impacto do NPJ é sentido tanto na comunidade quanto na
formação acadêmica. “Para a sociedade, representa o cumprimento de uma função
social essencial, garantindo o acesso à Justiça. Para os alunos, promove o
desenvolvimento de habilidades socioemocionais como empatia, responsabilidade,
comunicação, trabalho em equipe e capacidade de análise”, destaca a
coordenadora.